De acordo com a estratégia, a Comissão Europeia quer melhorar as políticas para combater não só o uso de drogas, mas também o tráfico de drogas na União Europeia (UE).
Para este fim, a Comissão Europeia quer fortalecer as capacidades da Agência de Drogas da União Europeia (EUDA) para ajudar “os Estados-Membros a identificar novas substâncias psicoativas, emitir alertas rápidos e avaliar o perigo representado por opioides sintéticos fortes”, de acordo com as informações divulgadas.
O poder executivo de Ursula von der Leyen quer se concentrar na prevenção por meio de campanhas organizadas e implementadas pela EUDA, com sede em Lisboa, que iniciou suas operações em 2 de julho de 2024, substituindo o antigo Observatório Europeu de Drogas e Toxicodependência.
Os jovens são o grupo que mais preocupa a Comissão Europeia; portanto, a estratégia apresentada visa criar medidas que não apenas protejam os menores do uso de drogas, mas também do recrutamento por grupos criminosos para participarem da produção e do tráfico.
Legislação
Tudo isso só será possível, alertou o executivo europeu, com o fortalecimento da legislação para combater o tráfico de drogas, incluindo o quadro de sanções, em 2026
.Entre as decisões que a Comissão Europeia quer ver aprovadas no próximo ano está a “cooperação público-privada para melhorar a deteção de drogas traficadas através de serviços postais e de correio” para a UE, bem como a estratégia portuária da UE, que já foi apresentada em 2023, durante o mandato da anterior Comissão Europeia, que também foi chefiada por Ursula von der Leyen.
Nesse sentido, a UE quer se concentrar na ideia de cooperar com “países terceiros”, particularmente na América Latina, onde a maioria das drogas é produzida para ser traficada para os 27 estados membros.
Em coordenação com a Europol e a Frontex (a agência da UE que patrulha as fronteiras terrestres e marítimas), a Comissão Europeia quer que os países se adaptem às mudanças nas rotas usadas pelos traficantes e abordem — sem especificar como — o flagelo do transporte de narcóticos usando “veículos rápidos”, ou seja, lanchas e outras embarcações similares.
A Europol ganha mais relevância nesta estratégia ao ser apontada pela Comissão Europeia como o elo entre as autoridades nacionais de cada Estado-Membro, para que a resposta ao tráfico de drogas seja coordenada e não haja medidas desvinculadas da realidade do momento.








