Numa nova carta enviada à Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, à qual a Lusa teve acesso, Carlos Moedas informa que a Polícia Municipal de Lisboa (PML) tem atualmente um “total de 390 polícias disponíveis”, número que diminuirá nos próximos meses e anos “devido à taxa de aposentadorias dos agentes em serviço ou ao fim do seu período de serviço”.
De acordo com o prefeito, em 2018 o PML tinha 582 policiais e a “queda de 33% no número de pessoal é completamente desproporcional às dificuldades de recrutamento ao nível da PSP”. Carlos Moedas destaca que, durante o mesmo período, o número de efetivos no Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP (Polícia de Segurança Pública) só teve uma redução de “apenas 4%
”.Dado que esta questão foi levantada em várias ocasiões, o social-democrata volta a apelar ao ministro para um “reforço imediato e urgente, abrindo um procedimento para disponibilizar 100 funcionários (quatro oficiais e 96 agentes, preferencialmente com idade mínima de 35 anos) para a força policial da PML (Polícia Metropolitana de Lisboa)”.
Por lei, acrescenta, o PML exige “um total de 700 funcionários”, um número distante do número atual.
Em junho passado, quando o novo governo tomou posse, Carlos Moedas enviou uma carta a Maria Lúcia Amaral solicitando uma reunião para discutir medidas para fornecer policiamento humano e fortalecer os recursos de segurança em Lisboa.
Na época, o prefeito aludiu à “situação de insegurança e violência vivenciada na cidade nos últimos tempos” para justificar o pedido urgente de reunião, a fim de encontrar “medidas com efeitos imediatos que possam efetivamente resolver os problemas”.
Policiamento comunitário
O prefeito também alertou para a importância do policiamento comunitário na cidade, observando um aumento na percepção do crime, bem como a necessidade de reforços na PSP (Polícia de Segurança Pública) e a concessão de mais poderes à Polícia
Municipal.Após uma reunião inicial com o ministro da Administração Interna em julho, Carlos Moedas informou aos jornalistas que um plano de segurança específico para a cidade seria elaborado em conjunto, e ainda não há data para sua implementação.
Na ocasião, o prefeito disse que também foi discutida uma “aceleração” da videovigilância no município, mencionando a existência de 32 câmeras no Cais do Sodré e outras 30 no Campo das Cebolas que estavam “apenas esperando por uma conexão”.
Carlos Moedas chegou a pedir ao ex-ministro da Administração Interna que instalasse videovigilância em áreas da cidade como Martim Moniz, Mouraria, Arroios, São Domingos de Benfica e Avenida da Liberdade.
Lisboa tem atualmente 64 câmeras de videovigilância.






