A manutenção da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e o reembolso da parte do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) foram aprovados em reunião privada do executivo, liderado pela coligação Por ti Lisboa (PSD/CDS-PP/IL) e presidido por Carlos Moedas (PSD).
A proposta do IMI, que fixa essa taxa em 0,3%, o mínimo permitido por lei, foi aprovada com os votos a favor da coligação Por ti Lisboa, do PS, Chega e PCP, e a abstenção do BE e do Livre, segundo fonte municipal.
No âmbito deste imposto, também foram aprovados aumentos e reduções, nomeadamente um aumento de 30% para edifícios urbanos em ruínas com obras encomendadas pelo município que ainda não foram concluídas e reduções de 30% para propriedades classificadas como de interesse público, municipal ou patrimonial.
O município também manterá o chamado IMI familiar (Imposto Municipal sobre Imóveis), com uma redução na taxa de 30 euros para famílias com um dependente, 70 euros no caso de dois dependentes e 140 euros para famílias com três ou mais dependentes.
A taxa de IMI (Imposto sobre Imóveis Urbanos) para imóveis urbanos pode variar entre 0,3% e 0,45%, com os municípios definindo o valor dentro desse intervalo.
A proposta que prevê a devolução integral de 5% do IRS (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares) foi aprovada por maioria com os votos a favor da coligação “Por ti Lisboa”, a abstenção do PS (Partido Socialista) e os votos contra do PCP (Partido Comunista Português), BE (Bloco de Esquerda) e Livre (Livre).
Em comunicado enviado à agência de notícias Lusa, fonte do conselho do partido Livre explicou que votaram contra a proposta de reembolso total do IRS por considerarem que esta medida “agrava as desigualdades” e compromete a justiça fiscal.
Citando a vereadora Joana Alves Pereira, o comunicado diz que, ao aprovar esta medida, o município está renunciando a “90 milhões de euros em receita”, um valor que “beneficia principalmente aqueles com maiores rendimentos”.
Em relação ao IMI (imposto sobre imóveis), “o Livre considerou que foi perdida a oportunidade de introduzir mecanismos adicionais para aumentos condicionais”.
Também em comunicado, o Bloco de Esquerda explicou que votou contra a proposta de reembolso total do IRS por considerá-la uma “despesa fiscal injusta e socialmente desequilibrada”.
De acordo com o Bloco de Esquerda, a maioria dos 90 milhões de euros reembolsados “é destinada aos 10% dos contribuintes mais ricos de Lisboa, que correspondem aos 4% mais ricos de Portugal”.
Ambas as propostas ainda precisam ser discutidas e votadas pela Assembleia Municipal de Lisboa.






