“A ANAV saúda os progressos realizados nas negociações entre o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu sobre a revisão da Diretiva de Viagens Organizadas, mas alerta para a necessidade de garantir um equilíbrio entre a proteção do consumidor e a sustentabilidade económica das agências de viagens em Portugal”, segundo o Notícias ao Minuto.
Benefícios
No mesmo comunicado, a ANAV identifica as principais vantagens da nova diretiva:
Confiança reforçada dos viajantes — “novos mecanismos de reembolso e proteção contra insolvência podem aumentar a segurança e, consequentemente, a demanda entre as agências de viagens”;
Harmonização europeia — “regras mais claras e uniformes permitem maior previsibilidade jurídica, especialmente para agências que operam em diferentes mercados dentro da União Europeia”; Claridade nas
relações contratuais — “maior segurança jurídica na definição de pacotes e na obrigações dos fornecedores, como hotéis e companhias aéreas.”
“Acreditamos que a revisão da diretiva trará benefícios aos consumidores e ajudará a fortalecer a confiança no setor. No entanto, é essencial que a transposição para a legislação nacional seja feita de forma equilibrada, garantindo que as agências de viagens, especialmente as pequenas e médias empresas que compõem a maioria do setor em Portugal, não sejam sobrecarregadas com custos e responsabilidades desproporcionais”, disse Miguel Quintas,
presidente da ANAV.Riscos
Esses são os principais riscos identificados pela ANAV:
Aumento dos custos operacionais - “requisitos mais rígidos em termos de seguro, fundos de garantia e períodos de reembolso podem representar encargos significativos, especialmente para micro e pequenas agências”;
Impacto no fluxo de caixa - “as novas regras sobre cancelamentos e vouchers, embora protejam os consumidores, podem gerar instabilidade financeira para as empresas”; Responsabilidade
estendida - “a definição mais ampla de 'pacote turístico' pode expor agências menores a mais obrigações complexas, antes incomuns em o mercado português.”
A ANAV assegura que “acompanhará de perto o processo de transposição da diretiva para a legislação portuguesa, fornecendo apoio técnico e jurídico às agências associadas”.
“A associação também fortalecerá o diálogo com as autoridades nacionais para garantir medidas de compensação ou apoio à adaptação, particularmente em termos de treinamento, seguros e inovação digital”.








