Embora as rendas estejam a abrandar - tendo registado um aumento anual de 3,5% no segundo trimestre de 2025 - este crescimento foi suficiente para aumentar o esforço financeiro necessário para arrendar uma casa no país para 83%, um ponto percentual (p.p.) acima dos 82% registados no mesmo período de 2024. Para a compra de casa, a taxa de esforço nacional manteve-se estável nos 71% nestes dois períodos, o que poderá refletir um equilíbrio entre a subida dos preços das casas (8% no último ano) e a descida das taxas de juro do crédito à habitação, segundo a idealista.

Das 20 cidades analisadas, Faro foi a que registou o maior aumento da taxa de esforço no arrendamento no último ano, passando de 70% no segundo trimestre de 2024 para 90% no mesmo período de 2025 (um aumento de 20 pontos percentuais).

Entre as cidades com maiores aumentos das taxas de esforço no arrendamento no último ano estão Ponta Delgada (15 pontos percentuais), Guarda (4 pontos percentuais), Funchal (3 pontos percentuais), Braga (2 pontos percentuais), Aveiro (2 pontos percentuais), Leiria (1 ponto percentual) e Viseu (1 ponto percentual). Em Bragança e Castelo Branco, a taxa de esforço manteve-se inalterada durante este período.

Por outro lado, a taxa de esforço no arrendamento diminuiu em Beja (-8 pontos percentuais), Santarém (-7 pontos percentuais), Portalegre (-4 pontos percentuais), Lisboa (-3 pontos percentuais), Setúbal (-3 pontos percentuais), Viana do Castelo (-3 pontos percentuais), Évora (-2 pontos percentuais), Coimbra (-2 pontos percentuais), Porto (-1 pontos percentuais) e Vila Real (-1 pontos percentuais).

Depois de Faro (90%), o Funchal é a cidade que mais esforço financeiro exige às famílias para arrendar casa, com 89% do valor da renda a ser gasto. A lista das cidades com maiores taxas de encargos com rendas nesta primavera continua com Lisboa (83%), Ponta Delgada (75%), Porto (71%), Setúbal (58%), Braga (55%), Viana do Castelo (55%), Aveiro (53%), Évora (50%), Leiria (49%), Santarém (48%), Viseu (44%), Coimbra (42%), Bragança (39%) e Vila Real (37%).

As cidades onde a renda tem menor impacto no rendimento das famílias são Castelo Branco (34%), Guarda (34%), Beja (35%) e Portalegre (35%). É de salientar que todas as grandes cidades analisadas apresentam taxas de encargos acima dos 33% recomendados.

Compra de casa

Setúbal registou o maior aumento da taxa de esforço, passando de 49% para 55% (mais 6 pontos percentuais). Registaram-se também aumentos na taxa de esforço para a compra de casa em Santarém (4 pontos percentuais), Ponta Delgada (3 pontos percentuais), Lisboa (2 pontos percentuais), Aveiro (1 ponto percentual) e Guarda (1 ponto percentual). Em Coimbra e Évora, a taxa de esforço manteve-se inalterada durante este período.

Por outro lado, a taxa de esforço para aquisição de habitação diminuiu em 12 grandes cidades: Funchal (-14 pontos percentuais), Vila Real (-14 pontos percentuais), Faro (-10 pontos percentuais), Bragança (-10 pontos percentuais), Porto (-8 pontos percentuais), Viseu (-7 pontos percentuais), Leiria (-7 pontos percentuais), Castelo Branco (-4 pontos percentuais), Braga (-3 pontos percentuais), Portalegre (-2 pontos percentuais), Viana do Castelo (-1 pontos percentuais) e Beja (-1 pontos percentuais).

No segundo trimestre deste ano, as cidades com maior taxa de esforço para aquisição de habitação foram Lisboa (108%), Faro (96%) e Funchal (96%), seguidas de Aveiro (72%), Porto (69%), Ponta Delgada (66%), Braga (59%), Setúbal (55%), Viana do Castelo (54%), Leiria (50%) e Coimbra. (47%), Évora (46%), Viseu (45%) e Santarém (36%).

De referir ainda que existem seis cidades onde é possível comprar casa com um compromisso de financiamento inferior aos 33% recomendados (em que a prestação da casa representa menos de um terço do rendimento disponível da família): Vila Real (27%), Beja (23%), Portalegre (22%), Bragança (22%), Guarda (17%) e Castelo Branco (17%).