Num sector em que a maioria dos produtos vendidos são importados, as compras no estrangeiro aumentaram 19%, sendo os principais países de origem das importações a Itália, com uma quota total de 24% em 2024, a França (18%), a Espanha (14%), a Alemanha (14%), os Países Baixos (9%) e a China (8%).

A Itália importou principalmente óculos de sol e armações, enquanto as lentes oftálmicas e de contacto predominaram entre os produtos importados de França, Espanha e Alemanha.

Cerca de 97% das receitas do sector (826 milhões de euros) provêm das lojas de ótica integradas nas grandes cadeias de distribuição.

A Informa D&B salienta que "o aumento da concorrência nos últimos anos tem levado a promoções e descontos mais agressivos por parte dos operadores, com o objetivo de manter as vendas", o que, consequentemente, tem levado ao "desaparecimento de estabelecimentos independentes, na sua maioria familiares, incapazes de sobreviver num cenário de intensa rivalidade e pressão sobre as margens".

É neste contexto que as cinco principais cadeias do sector representavam 54,3% da quota de mercado em 2024, quando, segundo dados de maio deste ano, existiam em Portugal cerca de 2.290 lojas de ótica - mais de metade das quais concentradas em apenas quatro distritos: Lisboa, Porto, Braga e Aveiro.

"O envelhecimento da população e a utilização cada vez mais generalizada de dispositivos electrónicos continuarão a aumentar a necessidade de dispositivos de melhoria da visão a curto e médio prazo. No entanto, o menor crescimento dos preços e um ambiente macroeconómico menos favorável levarão a um abrandamento da taxa de crescimento das receitas deste sector", antecipa a Informa D&B.