O líder do Partido Socialista referiu ainda que vai insistir no aumento permanente das pensões mais baixas.
"O primeiro-ministro tem um ano para mostrar o que vale (...) e foi isso que o Partido Socialista lhe quis dizer com a abstenção", disse José Luís Carneiro aos jornalistas à chegada para uma sessão na FAUL do Partido Socialista para discutir o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
Segundo o secretário-geral do PS, "a abstenção, como contributo para a estabilidade política do país, tem um prazo de validade de um ano" porque o Governo "terá agora de demonstrar" se "é capaz de responder às necessidades urgentes do país". Questionado pelos jornalistas sobre o que vai fazer o PS depois de o primeiro-ministro Luís Montenegro ter rejeitado, no debate parlamentar de 27 de outubro, a proposta do PS de aumento permanente das pensões mais baixas, Carneiro disse que os socialistas vão insistir nessa medida no Orçamento do Estado para 2026.
"Apresentaremos as propostas procurando garantir os pressupostos que referi no Parlamento: por um lado, assegurar a estabilidade das contas públicas, assegurar o compromisso de manutenção da sustentabilidade da estrutura financeira da Segurança Social e assegurar que não há aumento da despesa líquida estrutural do Estado", disse.
Segundo o líder da Segurança Social, isso será feito através de uma "transferência do Orçamento do Estado para garantir esse aumento", caso se verifique, como o líder da Segurança Social está convencido que vai acontecer, "um aumento do saldo da Segurança Social para além do que está previsto".
Carneiro disse ainda que a proposta do PS vai também estipular que, "em caso de crise na perspetiva do Governo", será utilizado um ponto de IRC para "garantir, para 2027, os 400 milhões de euros que vão suportar o aumento destas pensões."
"Portanto, esta é a proposta muito responsável que o Partido Socialista fará, tal como outros, à luz das propostas que apresentei", acrescentou.





