"Vamos ter uma nova lei da nacionalidade", disse à Lusa o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares.

Relativamente à versão que saiu do processo de especialidade, o PSD e o CDS aceitam uma reformulação apresentada pelo Chega num ponto muito específico, segundo o qual perde a nacionalidade quem a obtiver por meios manifestamente fraudulentos.

A proposta do governo, neste artigo específico, estipulava que "a posse de boa-fé da nacionalidade portuguesa originária ou adquirida há pelo menos 10 anos é fundamento de consolidação da nacionalidade, ainda que o ato que determinou a sua atribuição ou aquisição seja objeto de declaração administrativa ou judicial de nulidade".

Nas conversações dos últimos dias, segundo fonte do PSD, o partido tem recusado sistematicamente a inclusão de uma exigência do presidente do Chega, André Ventura, de perda automática da nacionalidade para crimes graves. Segundo o PSD, se fosse aceite, esta alteração tornaria inconstitucional o diploma saído do Parlamento.