A partir do momento em que os ecrãs das chegadas do Aeroporto de Lisboa anunciaram a chegada do voo que transportava os activistas, os apoiantes, que rapidamente passaram de cerca de três dezenas para cerca de três centenas, começaram a gritar palavras de ordem como "A Palestina Viverá" e "Viva a luta do povo palestiniano".
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os activistas Miguel Duarte e Diogo Chaves estiveram detidos em Israel entre a noite de quarta e quinta-feira, quando as forças israelitas interceptaram cerca de 50 embarcações da Sumud Global Flotilla, que se destinava a entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Agitando bandeiras e lenços palestinianos, os manifestantes empunhavam cartazes com palavras de ordem como "Libertem a Palestina" e "Obrigado Marina, Sofia, Diogo e Miguel por nos representarem".
Estiveram presentes antigos e actuais dirigentes do Bloco de Esquerda, como Francisco Louçã, Catarina Martins, Luís Fazenda, Jorge Costa, entre outros.
Os portugueses chegaram a Madrid por volta das 20h20 (uma hora de atraso em relação à hora de Lisboa), integrados num grupo de 29 activistas: quatro portugueses, 21 espanhóis e quatro holandeses.
Em representação do Governo, os activistas são recebidos em Lisboa pelo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa.
Os cidadãos portugueses, juntamente com mais de 450 activistas de várias nacionalidades, foram levados pelas autoridades israelitas para um centro de detenção no deserto de Negev, no sul de Israel, depois de as suas embarcações terem sido interceptadas pela marinha israelita em alto mar.