A partir de junho deste ano, "70% do negócio está na categoria de smartphones", disse Tiago Flores, diretor da Xiaomi Portugal, enquanto 30% está no ecossistema (televisores, wearables, entre outros), em termos de valor.
No ecossistema, as receitas totais cresceram 52%, sendo que a categoria com maior crescimento é a de televisores, que representa 32% (e registou um aumento de 50% nas receitas em relação ao ano anterior). A empresa não fornece números absolutos de receita.
De acordo com o executivo, as duas segundas categorias mais importantes são os relógios e as trotinetas, "com uma quota doméstica de 16%", com "os relógios a crescer 40% em receitas e as trotinetas 164% em receitas".
Os aspiradores robóticos "representam uma quota doméstica de 15% e cresceram 25% em receitas em comparação com o ano passado".
Entretanto, a Xiaomi vai começar a oferecer os electrodomésticos Mijia em Portugal e, a partir de novembro, vai disponibilizar máquinas de lavar roupa e frigoríficos, prevendo ainda lançar aparelhos de ar condicionado no mercado português em data a anunciar.
"Estes novos produtos reforçam a estratégia de ecossistema inteligente 'Human x Car x Home' da Xiaomi", refere a empresa tecnológica em comunicado.
Estes três eletrodomésticos estão "totalmente integrados com os ecossistemas inteligentes AIoT [inteligência artificial + Internet das Coisas] e Mijia", ou seja, "através de uma gestão unificada na app Xiaomi Home, os utilizadores podem aceder a notificações em tempo real, definições personalizadas e atualizações de software OTA sem falhas em qualquer parte do mundo", explica a Xiaomi.
Além disso, há compatibilidade adicional com o Google Assistant e o Alexa.
Por exemplo, no caso do frigorífico, a aplicação Xiaomi Home envia notificações em tempo real se a porta for deixada entreaberta por mais de dois minutos, ajudando a evitar o desperdício de alimentos. Além disso, por ter Wi-Fi embutido, permite o ajuste remoto da temperatura.
Uma das apostas da empresa tecnológica são os veículos eléctricos, cuja chegada a Portugal ainda não tem data prevista.
No dia 19 de agosto, a empresa chinesa anunciou que iria começar a vender os seus veículos eléctricos na Europa a partir de 2027.
Na semana passada, a Xiaomi anunciou que iria rever quase 117 mil veículos eléctricos devido a um defeito no sistema de assistência ao condutor, através de uma atualização de software programada remotamente.
A Xiaomi entrou no mercado dos automóveis eléctricos em 2024 com o lançamento do SU7, o seu primeiro modelo, como parte da sua estratégia de diversificação para além dos smartphones e outros dispositivos electrónicos.