O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins(SIMA) emitiu um novo pré-aviso de greve na Menzies (antiga Groundforce) que decorrerá de 3 de setembro a 2 de janeiro de 2026, abrangendo todos os aeroportos nacionais.

De acordo com o pré-aviso de greve, as greves dos trabalhadores da empresa responsável pelos serviços de assistência em escala decorrerão em períodos alternados entre 3 de setembro e 2 de janeiro de 2026, incluindo fins-de-semana prolongados e datas de grande afluência, como o Natal e o Ano Novo.

Entre as reivindicações, o sindicato exige o fim dos salários base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento dos turnos noturnos, a manutenção de direitos como o acesso ao estacionamento e o cumprimento do memorando de entendimento anteriormente assinado.

Além disso, o sindicato afirma que a existência de salários base abaixo do salário mínimo nacional, que se situa nos 870 euros, vai "ao arrepio do que a TAP, enquanto acionista da empresa, considerou em carta enviada à SPDH/Menzies, na qual considera esta situação ilegal".

Este novo pré-aviso do SIMA surge após as greves realizadas em julho e agosto e a suspensão das paralisações previstas para o final de agosto, na sequência de contactos com o Ministério do Trabalho. A Menzies, por seu lado, garantiu que o cancelamento das recentes greves "não resultou de qualquer acordo, negociação ou concessão", afirmando que a sua posição "se mantém inalterada" e que não houve alterações aos compromissos assumidos até 2029.

O sindicato afirma ainda que, para a greve anunciada no recente pré-aviso, "os trabalhadores assegurarão os serviços necessários à segurança e manutenção dos equipamentos e instalações". Assim, o SIMA considera que, dadas as circunstâncias actuais, nomeadamente o número de trabalhadores abrangidos pelo pré-aviso emitido e a sua ampla divulgação, apenas é necessário assegurar os serviços mínimos anteriormente enumerados.

Segundo fonte sindical oficial, estes trabalhadores representam cerca de 4% dos cerca de 3.600 trabalhadores da Menzies. A primeira greve terá lugar a partir da meia-noite de 3 de setembro até à meia-noite de 9 de setembro, seguindo-se outra greve de 12 a 15 de setembro, de 19 a 22 de setembro e de 26 a 28 de setembro.

Em outubro, estão previstas greves de 3 a 6, de 10 a 13, de 17 a 20, de 24 a 27 e de 31 a 3. Seguir-se-ão outras greves de 7 a 10 de novembro, de 14 a 17, de 21 a 24, de 28 a 1, de 5 a 8 e de 12 a 15. A última greve está prevista de 19 de dezembro a 2 de janeiro de 2026.