Michael O'Leary avisou que 100.000 passageiros poderão ver os seus voos cancelados na próxima semana, devido a uma greve do sindicato dos controladores aéreos em França. De acordo com o CEO, esta situação poderá custar 20 milhões de libras à companhia.

A greve terá início na terça-feira, 7 de outubro, e prevê-se que termine na manhã de 10 de outubro.

A greve não afectará apenas os voos com origem ou destino em França, mas também aqueles que necessitam de passar pelo espaço aéreo francês para chegar aos destinos finais, o que inclui voos em Espanha, Itália e Grécia.

O diretor executivo da Ryanair pede que os sobrevoos sejam protegidos da greve, considerando que, pelo contrário, esta poderia constituir um abuso do mercado único livre. Devido à greve, a companhia espera cancelar cerca de 600 voos nos primeiros dois dias de greve.

"São cerca de 100.000 passageiros que terão os seus voos cancelados desnecessariamente na próxima quarta e quinta-feira", disse Michael O'Leary, citado pela Sky News. O CEO referiu ainda que o Reino Unido será o país com os voos mais afectados devido à sua proximidade com a França.

Apesar de apoiar a greve dos trabalhadores franceses, O'Leary afirmou que o Eurocontrol, que é uma organização civil-militar, deveria dar um passo em frente para manter os voos a funcionar.

"Não se impediria a greve dos franceses, eles têm o direito de fazer greve e nós aceitamos isso, mas deviam cancelar os voos locais franceses e não os voos do Reino Unido para Espanha ou de Itália para a Irlanda. Trata-se de uma violação fundamental do mercado único", afirmou.

Michael O'Leary pediu ao governo para pressionar a Comissão da União Europeia e o governo francês, para que os sobrevoos possam ser protegidos da greve.

"Exigimos que os nossos sobrevoos sejam protegidos. Se os cidadãos britânicos vão hoje para Itália, ou se temos visitantes espanhóis que querem vir para Londres, os seus voos não devem ser interrompidos ou cancelados", afirmou.

Outras companhias aéreas, como a EasyJet, a British Airways, a Vueling e a Lufthansa, poderão também ter problemas com os voos já programados.