Luís Montenegro falava na cerimónia que assinalou o 40º aniversário da adesão de Portugal às Comunidades Europeias.

O primeiro-ministro admitiu que o país "nem sempre aproveitou plenamente" as oportunidades dos últimos 40 anos e apontou outros problemas estruturais como "os desafios demográficos, as assimetrias territoriais, os desafios da habitação, a competitividade económica e a valorização do rendimento".

"São questões que exigem coragem política, visão estratégica e, acima de tudo, um compromisso renovado com o aprofundamento e o reforço do projeto europeu", afirmou.

No entanto, lançou um alerta especial para os populismos e extremismos, 51 anos depois do 25 de abril e 40 anos depois da adesão ao espaço europeu.

"Um dos desafios mais sérios que enfrentamos hoje é o crescimento do populismo e do extremismo - uma ameaça direta ao funcionamento das nossas instituições democráticas e à coesão das nossas sociedades", afirmou.

Montenegro defendeu que, para o futuro, os cidadãos exigem "uma Europa aberta mas segura, que responda aos desafios internos e externos de um mundo em profunda mudança", com uma nova crítica aos projectos demagógicos.

"Uma Europa unida, sem espaço para populismos, extremismos e demagogias que nos querem dividir e explorar. A celebração destes 40 anos é uma homenagem àqueles que sonharam com esta Europa unida", afirmou.